Muitos negócios precisaram se reinventar por causa das restrições decorrentes da pandemia do coronavírus. Mudou a rotina de trabalho, mas também a forma de interação com os clientes – o que ficou evidente no varejo com a migração de muitas lojas “estreando” seus e-commerce ou ampliando suas operações no ambiente digital.
Para alguns segmentos, o desafio se tornou ainda maior, como é o caso do varejo de moda. Mas um estudo realizado pelo grupo Dafiti e pela consultoria WGSN Mindset dá pistas sobre o futuro para quem atua no setor.
Como será o futuro do varejo da moda
A partir do mapeamento de tendências comportamentais e conversas com especialistas brasileiros, o estudo apresenta insights sobre o consumidor, o varejo de moda e o varejo de moda online. Sua elaboração do estudo contou com entrevistas com especialistas do mercado da moda, do e-commerce, do marketing e de tendências, além de executivos do Dafiti Group.
Confira as principais tendências apontadas.
Experiência de compra
Ao mesmo tempo em que ganha força, as lojas de moda no digital precisam buscam ferramentas para proporcionar uma experiência de compra muito mais próxima da que ocorre na loja física.
O uso da chamada Realidade Aumentada é uma das soluções para gerar maior interesse na compra de roupas pela internet.
Novo ambiente
A necessidade de reforçar a presença digital tem relação com um possível novo desenho do espaço nas lojas físicas. A perspectiva é redimensionar todo o ambiente, ampliando o distanciamento entre os clientes, o que pode levar a uma redução no uso de bancadas e mostruários de produtos.
Prioridades do cliente
O que o cliente deve levar em conta no momento da compra no e-commerce de moda? De acordo com o estudo, a tendência é que o desejo de consumo seja balizado por sete prioridades-chave que afetarão as escolhas do que vestir.
As prioridades levantadas pelo estudo são:
- Reforma social;
- Proteção e segurança;
- Dicotomia tecnológica;
- Novas comunidades;
- Meio ambiente;
- Geração Recessão; e
- Novas alianças.
Conceitos na prática
Outra tendência em relação ao comportamento dos consumidores de moda é a valorização de conceitos como diversidade, auto-expressão e segurança. Para as lojas, o recado que fica é que inclusão e sustentabilidade devem ser conceitos associados na prática com as marcas e isso pode ser decisivo no momento de fechar o pedido.
Pluralidade
As lojas de moda na internet devem ressaltar aspectos que valorizem a individualidade do consumidor. Diz o estudo a tendência é o cliente dar preferência para as marcas que abrem espaço para a pluralidade de identidades e, o que é ainda mais importante, para os interesses individuais – o indica uma oportunidade para o investimento em estratégias de personalização.
O papel dos influenciadores
Por fim, como última tendência, o estudo aponta uma nova forma de utilizar os chamados influenciadores digitais na estratégia de marketing no e-commerce de moda. O futuro indica uma mudança no perfil dos “influencers”. A escolha deixa de considerar apenas o número de seguidores para escolher quem tem maior autoridade pela qualidade e relevância do conteúdo que produz.