Consumo na pandemia: Quem é o brasileiro que compra pela internet?

por Redação Beonly
7 de abril de 2021

A necessidade de trocar o varejo físico pelo e-commerce, por causa das restrições da pandemia do coronavírus, fez com que o consumidor brasileiro desenvolvesse novos hábitos e comportamentos, indo além do uso de uma plataforma online. Ele também ficou mais cuidadoso e crítico no momento da compra.

É isso o que aponta a pesquisa Me, my life, my wallet (“Eu, minha vida, minha carteira”) da consultoria KPMG, como destaca Augusto Puliti, sócio-líder de Experiência do Cliente da empresa no Brasil:

“A pandemia mudou para sempre os comportamentos dos consumidores. Eles estão mais seletivos em suas decisões. Os critérios deles são mais complexos e, antes de comprarem produtos e serviços, analisam marca, propósito, reputação, segurança, conveniência, integridade e confiabilidade.”

Como exemplo do que que afirma o executivo, a pesquisa indica que antes da pandemia, 9% dos entrevistados diziam se recusar a fornecer dados pessoais. Depois, o percentual aumentou para 13%.

Hábitos e comportamentos do consumidor online brasileiro

Foram entrevistados 18 mil consumidores de 16 países, entre os quais o Brasil. Os resultados revelaram um consumidor mais interessado pelo e-commerce, compreendendo seus diferenciais e benefícios, além de aponta desafios para as lojas virtuais, especialmente quanto ao uso de dados. Além disso, a pesquisa revela ainda a relação com as marcas tradicionais que já estavam ou se viram obrigadas a migrar para o online por causa da pandemia.

Confira os principais dados da pesquisa da KPMG sobre consumo na pandemia.

☑️ 94% dos consumidores que mudaram seus hábitos de compras durante a pandemia pretendem continuar usando e-commerce.

☑️ 81% declararam que estão atualmente comprando mais online.

☑️ 58% disseram estar usando tecnologias diferentes das que estavam acostumados.

☑️ 80% valorizam substancialmente a qualidade da experiência digital que mantêm com as empresas.

☑️ 39% considerando que as compras online são mais rápidas e oferecem mais variedade.

☑️ 53% consideram o cumprimento das regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) uma prioridade nos relacionamentos online.

☑️ 31% atualizaram suas configurações de privacidade de mídias sociais antes da pandemia (posteriormente o percentual subiu para 38%).

☑️ 56% afirmaram comprar mais em e-commerce de varejistas tradicionais, sendo que as visitas às lojas físicas caíram 70%.

☑️ 53% estão acessando plataformas ou mercados online.

Dados globais da pesquisa revelam consumo responsável

Entre os dados globais da pesquisa da KPMG sobre consumo na pandemia, destaque para o percentual de consumidores que se disseram dispostos a pagar mais a um varejista ético (90%). Outros 80% declararam preferência por comprar de marcas que se alinham às suas crenças e valores.

Como curiosidade, 49% disseram à KPMG que estão mais concentrados em poupar do que em gastar, enquanto 33% se preocupam com a saúde pessoal, sendo 86% mais interessados em saúde e bem-estar. Por fim, 40% preferem perder a carteira do que o telefone celular.

A pesquisa Me, my life, my wallet foi divulgada no final de março e está disponível para download.

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